terça-feira, 26 de abril de 2011

Ansiedade: causa e conseqüência

Eu queria poder juntar tudo o que eu gosto e colocar em um potinho pra poder carregar sempre comigo.

Colocaria algumas pessoas, alguns lugares, alguns livros, algumas músicas, e assim vai... Um pouco do que me atrai, do que me deixa feliz e sereno.

Eu tenho um pequeno grande problema: Minha ansiedade consome todo o meu interior e isso me aflinge todos os dias. Mesmo com toda a bipolaridade de humor e personalidade que vaga em meu dia a dia, isso é a única coisa que permanece independente de tal alteração.

Essa crise (assim posso chamar) é a seguinte: O que acontecerá depois do último dia de aula?!


Eu sei que estou sofrendo por antecedência, mas isso me corrói por dentro. É fÓda você conviver com uma galera por quatro anos e depois cada um ir para um lado diferente e como consequência disso já pré-sinto que as relações serão distantes para aqueles que ainda à mantiverem. Foi assim quando me mudei de SP pra MG. Foi assim quando mudei de escola na 8ª série, foi assim na formatura do ensino médio... e tenho medo de como será ano que vem.

Não é culpa minha, não será culpa de vocês... Acho que isso é inevitável.

Quando não temos contato direto com aqueles que um dia já tivemos, as relações são vazias. Criam-se vácuos que são irreparáveis. São perguntas nas quais já sabemos a resposta...

Eu não queria que isso acontecesse! Não queria mesmo!

Por mais que tenhamos as nossas diferenças, acabamos criando gostos por essas pessoas. A convivência faz isso, a convivência nos obriga a isso. É um mal necessário. Um mal necessário!

Somos tipo uma família, não no sentido modinha/desgastado e pluralizado da palavra, se é que me entende. Uma família de verdade...


Tem aqueles que parecem os avôs, pois são sábios e tem muito que nos ensinar a cada dia que passa. Ensinam, pois gostam de nós!

Tem os tios... Gostam de agradar os que estão ao seu redor, sejam com doces, com piadas, ou simplesmente com um belo sorriso estampado no rosto ao ver uns aos outros.

Temos os pais... Esses sim gostam de agradar a todos. Não os diferenciam... Chamam a atenção quando necessário, mas não conseguem se distanciar após tal bronca.

"O mundo não é um mar de rosas", já dizia o sábio. Temos nossas diferenças e isso que nos completa... Nós uni, por mais poético que isso possa parecer. Tudo passa em nossa turma.


As aulas desgastam essas amizades. Não vejo à hora de chegar a tal da sexta-feira para poder descansar, mas logo desejo a segunda para poder reencontrar os meus amigos! Meus amigos!

Quando estamos juntos, aproveito e desfruto desse momento. Falo, escuto, rio, a felicidade me deixa bem. Quando estou longe quero me aproximar. Por isso quero descobrir como carregar um pouco de cada um comigo após o tão esperado término dessas aulas.

Não pretendo participar de festas, nem nada que me demonstre que esse fim chegou. Que no próximo dia eu estarei com um diploma na mão, mas em troca, as pessoas que eu aprendi a gostar e respeitar estarão longe de mim. Tá fÓda, não vou negar. Tá difícil demais aceitar essa troca injusta.


Espero que dessa vez, as minhas experiências em despedidas sejam diferentes... Como eu disse em uma conversa com o Paulinho, cinegrafista da TV Candidés, eu queria poder jogar todos nós em uma casa para convivermos até quando os limites das diferenças pudessem agüentar. Mas é isso... Espero que seja tudo diferente. Tudo mesmo!

Vou tentar levar um pouco de cada comigo, assim como tentarei deixar algumas marcas para que quando daqui a uns 10 anos alguém possa ler esses escritos e dizer: “Esses quatro anos foram os melhores de minha vida!”.


Quero deixar bem claro, pra cada um de vocês que eu, por mais distante eu estive em determinados momentos, eu fiz coisas e ainda farei pensando em todos vocês. Somos uma turma, porra! A turma do curso de Comunicação Social da Funedi/UEMG que teve início em fevereiro de 2009 e que terminará em dezembro de 2012. Terminará em dezembro de 2012...

Acho que a trilha sonora guiada pelo som do “Gram” me ajudou a externar um pouco dessa angústia que permeia o meu ser. Hrá! 

Crise existencial?! Talvez!

Mais um acesso de bipolaridade?! Acho que vai muito além disso!

E quanto ao lance do potinho, ainda descobrirei algum jeito... Nem que seja em minha memória dos “tempos da faculdade” levarei um pouco de cada um. Acho que somente assim conseguirei guardar um pouco de cada colega e amigo  comigo.


“...tudo vai passar!”

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O vazio te incomoda?

O vazio me assombra, me contradiz e me abomina.

Não me contento com vazia imensidão que encontro diante dos meus olhos.

Meu coração, minhas vontades, os meus desejos tornaram-se vazios e incômodos.

Tudo é dual. É fulgaz... passageiro. Não existe meio termo.

Se gosto, eu gosto... Se eu não gosto, não ligo.

Nada que eu falo faz sentido.
Isso não faz sentido.
Nada faz sentido.
Mas aí eu penso: "será que deveria fazer algum sentido?!" - Reflito!

Discrente, cético... humano!

No fundo, minhas contradições demonstram o que eu realmente quero e desejo: simpliesmente, desejo o NADA!

Nada me satisfaz... o tudo é pouco perto do que eu posso conseguir.

A verdade passa a ser esvaziada com o tempo.

Monotonia.

Rotina.

Agora a situação passa a ser conflitante, pois, sou eu contra eu mesmo.

O que eu quero?! Eu quero o TUDO! Não me contento com pouco...

Tenho fome... Fome de tudo que você possa imaginar!

Quero apenas o que é meu... apenas o que é meu!



Após vomitar todas essas palavras sem nexo preenchendo todo o vazio que me incomodava, eu pergunto pra você: O vazio te incomoda?!